Agora que as fontes também publicam, começa a discussão das regras para a gestão das mídias digitais, legais e legitimas, que estão à disposição da comunicação empresarial.
Importante artigo de Paulo Nassar no Terra traz à luz do embate aquilo que de maneira velada já se avolumava por trás de hrefs e tags: uma irreversível revolução que se por um lado nos incomoda como humanos presos a nossos hábitos, costumes e padrões, deve nos instigar como humanos e profissionais que somos para alçar novos vôos e conquistar novas esferas.
Não são apenas acionistas e famílias proprietárias de mídia que não gostam do que estão vendo: novas mídias diretas, que corroem poder, faturamento, jornalismo commodity e a desmoralizada agenda setting - mas que também levam à desvalorização dos profissionais de comunicação como um todo.
Este é um fenômeno que atinge a todos nós.
Com a democratização da tecnologia e a necessidade de se obter receita em tempos de crise, todo micreiro e photoshopeiro virou designer, diretor de arte e o que mais for preciso.
Bem, do Word e da saga da valorização dos redatores nem se fala.
Pequenas agências lutam para se diferenciar de free-lancers, muitos dos quais bons profissionais de conceituadas agências médias-grandes que completam o salário, reduzido pelo excesso de oferta.
Afinal, como justificar valor no meio disto tudo - como empresa ou profissional?
O caminho passa, necessariamente, por uma redefinição de atuação. Não se pode continuar no mesmo passo, no mesmo caminho, se as configurações externas se alteraram. E da maneira com que se alteraram.
Como toda mudança, há o período do despertar da sonolência do antigo padrão, momentos de confusão, desnorteamento, medo, acusações mútuas entre partes que não são opostas de fato.
Penso que se deva acalmar os ânimos e com sabedoria contemplar o mercado, mostrando que há sim espaço para todos, dentro, logicamente, de um mínimo de ética e organização.
A ética passa primeiramente por parte dos detentores dos meios de produção, dos antigos barões da mídia e donos de empresas e agências, que não devem reagir impensadamente, baixando salários e expectativas.
A quantidade nunca vencerá a qualidade e esta nova onda não se sustentará sozinha, mesclar-se-á ao que havia de melhor, forjando uma terceira onda, mais estável, onde empresas e bons profissionais se encontram na crista da onda e da pirâmide, cujas bases são a produção descentralizada e informal, a qual terão o prazer de agregar, avaliar, rotular, distribuir e comentar, realimentando o fluxo contínuo de uma sociedade da informação cada vez mais conectada e menos marginalizada.
Enquanto isto, damos um jeito para não ficarmos vendidos em meio às negociações pequenas do cotidiano; certos de que fazemos parte de um grande momento da história humana.
Contemplar a vida sobre este aspecto lhe dará um novo ânimo para a próxima reunião.
Evidencie este valor: visão, planejamento, estratégia e poder de condução estarão cada vez mais em voga no mar de colaboração.
Rumamos para a explosão do potencial da informação, que é a consciência. As marcas, empresas e profissionais que entenderem isto estarão a frente deste processo.
Fonte: vooz
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