A pesquisa de clima organizacional é uma forte ferramenta dentro das empresas, mas, dependendo da forma como é aplicada, pode despertar a desconfiança por parte dos funcionários, de acordo com o supervisor de RH (recursos humanos) da Dimensional Equipamentos Elétricos S/A, Gerson Masselari.
Em palestra no 3º ConvirRH (Congresso Virtual de Recursos Humanos), ele afirmou que a pesquisa de clima organizacional é uma forma de monitoramento das condições gerais do ambiente de trabalho das organizações, "em qualquer localidade que a empresa queira investigar", nas palavras do supervisor de RH.
Além disso, ela é um canal importante de comunicação entre a empresa e os colaborados, um termômetro das práticas de gestão.Isso sem falar que pode medir os impactos de mudanças estruturais, culturais e econômicas.
Mas o que se espera dessa pesquisa? Conforme disse Masselari, de modo sintético, o que se pretende é conhecer melhor as peculiaridades e nuances do cotidiano da organização, materializando fatos imperceptíveis aos gestores e transformando em dados aquilo que só se tem uma percepção. Com isso, pode-se determinar linhas de ação.
Os problemas
"Quando da aplicação, alguns preceitos devem ser observados. Por ser uma importante fonte de informação, a pesquisa de clima organizacional não pode cair em descrédito, porque também é uma ferramenta de gestão a disposição do RH", explicou Masselari.
Dentre os pontos que colocam tudo a perder, está a falta de objetividade, que torna a pesquisa vaga, ampla e sem conteúdo. A periodicidade também pode se encaixar nesse grupo. "Ela não pode ser muito curta, num tempo em que não se possa aplicar nenhum tipo de ação, ou muito grande", explicou o supervisor de RH.
Outro fator é a falta de critério para a aplicação. Por incrível que pareça, algumas empresas usam a pesquisa de clima organizacional como forma de retaliação, usando informações coletadas dos colaboradores contra os mesmos. Por último, dentre os itens que a colocam em descrédito, está criar perspectivas ou planos de ação que dificilmente serão implantados.
De olho em tudo isso, o supervisor de RH listou aquilo que não deve ser feito em uma pesquisa de clima organizacional. Confira:
* Deve-se atentar para que os gestores eventualmente envolvidos na pesquisa não tenham acesso às respostas antes da compilação dos dados;
* Deve-se atentar para que haja imparcialidade na compilação dos dados;
* Deve-se atentar para que a pesquisa não seja engavetada;
* Deve-se certificar de que foi dado feedback aos interessados (gestores).
Fonte: administradores
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