segunda-feira, 18 de maio de 2009

Comunicação: estratégia de sobrevivência

Clarice Pereira

Todos querem e precisam crescer, aparecer, vender, conseguir ultrapassar os concorrentes e manter a sustentabilidade de seus negócios.

Os instrumentos de comunicação permitem construir e melhorar a imagem de uma empresa, entidades e pessoas até conquistar de novos consumidores, novos seguidores. Também possibilita que as empresas posicionem-se em seu mercado de atuação. Alcançar a meta desejada depende de uma estratégia bem elaborada e que caiba no bolso do investidor. Para ser estratégica, a comunicação deve obrigatoriamente estar alinhada ao pensamento, aos negócios e aos objetivos do empreendimento.

Pode parecer uma premissa contraditória, mas em tempos de desaceleração da economia, o primeiro pensamento do empresário é cortar custos e despesas. Inversamente do que propomos para ganhar mercado, as primeiras reduções normalmente recaem sobre os investimentos em comunicação. Os cortes atingem até mesmo aquelas ações mínimas, básicas, como o material de vendas: um folder ou um catálogo de vendas. Essas reduções acontecem, garantem os administradores, para que as empresas ganhem fôlego financeiro e continuem custeando aquilo que acreditam ser realmente necessário à sua permanência.

De uma hora para outra, a comunicação que devia ser estratégica, passa a ser vista como se não fosse primordial e responsável por manter as receitas no azul. Sob esta análise, o que garantirá que os serviços e produtos continuem a serem vistos e adquiridos?

Lembremos que são as ferramentas de marketing mercadológico responsáveis pela colocação de produtos e serviços. "A propaganda é a alma do negócio", diriam os publicitários. E o que vende uma imagem, senão as ferramentas de comunicação institucional?

A comunicação não pode ser vista como um custo desnecessário e sim como um investimento para alcançar clientes e permanecer longeva. Não fosse esse o caso, marcas como Coca-cola ou Microsoft poderiam se dar ao luxo de não mais investir em estratégias de comunicação de massa.

Defendo que a comunicação não pode ser tratada de forma secundária! Caso não seja possível manter-se como um exímio anunciante em cadeia nacional e investir cifras vultuosas em campanha publicitárias, ainda pode-se pensar em formas mais baratas e criativas, que nem por isso, deixam de ser funcionais.

Vamos fazer a lição de casa: como anda o seu banco de dados? Atualizado? Você pode fazer uma simples campanha, sem grandes investimentos, distribuindo e-mail marketing aos seus clientes ou enviando uma newsletter para as pessoas de seu relacionamento! Como está o seu canal de vendas pela internet? A internet atualmente é considerada como uma excelente ferramenta de comunicação, 97% das empresas costumam cotar pela web antes de escolher e comprar. Ainda existem muitos outros meios e formas de comunicação, basta adequá-los à realidade de cada organização.

A comunicação tem suas particularidades, existem sim os grandes investimentos em produção, anúncios e divulgações que podem dar excelentes resultados, mas também muitas ações estratégicas podem ser definidas a um custo menor, compatível com o que a empresa pode investir no momento. O que garantirá seu sucesso é o alinhamento da forma de comunicação às necessidades de cada empresa. Para isso é preciso saber onde se está e onde se quer chegar.

Tenha em mente, os resultados só virão para aquele que formarem uma imagem positiva durante este período mais difícil para todos. Os investimentos em comunicação não podem parar. Já superamos crises anteriores e esta também irá passar dentro de algum tempo, mas sua empresa só atravessará o período, se continuar sendo reconhecida e se os seus produtos ou serviços continuarem a serem vistos e adquiridos.

*Clarice Pereira é jornalista, formada pela USP - Universidade de São Paulo e especialista em marketing, pela ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing. Há 30 anos desenvolve atividades de comunicação empresarial.

Fonte: Revista Incorporativa

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